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João Henrique Pereira Villaret nasce em Lisboa, em 10 de maio de 1913. Foi ator, encenador e declamador.

 

Depois de frequentar o Conservatório Nacional de Teatro, começa a carreira a integrar o elenco da companhia de teatro lisboeta Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro.

Mais tarde, fez parte da companhia teatral Os Comediantes de Lisboa, fundada em 1944 por António Lopes Ribeiro e o seu irmão Francisco, mais conhecido por Ribeirinho.


Tem uma interpretação considerada antológica na peça Esta Noite Choveu Prata, de Pedro Bloch, em 1954, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa.

 

No cinema, João Villaret surge em vários filmes:
  - O Pai Tirano, de António Lopes Ribeiro (1941), numa breve aparição, como pedinte mudo;
  - Inês de Castro, de Leitão de Barros (1945), onde representa Martin, o bobo;
  - Camões, de Leitão de Barros (1946);
  - Três Espelhos, de Ladislao Vadja (1947), onde representa o inspetor;
  - Frei Luís de Sousa, de António Lopes Ribeiro (1950), no papel de criado;
  - O Primo Basílio, de António Lopes Ribeiro (1959).

 

Como Declamador

Nos anos 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos.

Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Ficaram célebres, entre outras, as suas interpretações de:

   - Procissão, de António Lopes Ribeiro (1955);

   - Cântico negro, de José Régio;

   - O menino de sua mãe, de Fernando Pessoa.


Encontram-se no mercado edições, em CD, do trabalho de João Villaret como declamador.

 

Na música

Na música é de destacar, pela sua originalidade:

   - Fado falado, de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros (1947), na revista 'Tá Bem ou Não 'Tá?, onde se pode ouvir: «Se o fado se canta e chora, também se pode falar».

 

Homenagens

A 2 de abril de 1960 foi feito Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

 

João Villaret deixou no mundo do Teatro e da Poesia um vazio que jamais voltou a ser preenchido.

Aquela voz que para sempre deixou de dizer poesia e que nos avassalou com interpretações de obras de tantos e tão grandes poetas como Camões, Pessoa e Régio, será seguramente recordada como um dos maiores talentos portugueses que continuará a orgulhar gerações vindouras.

 

João Villaret deixou-nos em 21 de janeiro de 1961.

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